30.5.06

Ufa!

ando muito ocupada, ando muito, ando muito pra lá e pra cá, ando muito de cá pra lá, só não ando muito inspirada para escrever ... nem besteiras, nem coisas sérias, nem música, nem nada!
Acho que é só uma fase, quem sabe, pode passar !? Ou não...
Ah, deixa pra lá!
Minha Casa
(Zeca Baleiro)

É mais fácil cultuar os mortos que os vivos
Mais fácil viver de sombras que de sóis
É mais fácil mimeografar o passado
que imprimir o futuro
Não quero ser triste
como o poeta que envelhece
lendo Maiakóvski na loja de conveniência
Não quero ser alegre
como o cão que sai a passear com o seu dono alegre
sob o sol de domingo
Nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro
como um cego tatear estrelas distraídas
Amoras silvestres no passeio público
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
mesmo que não venha o trem não posso parar
Veja o mundo passar como passa
uma escola de samba que atravessa
Pergunto onde estão teus tamborins
Pergunto onde estão teus tamborins
Sentado na porta de minha casa
a mesma e única casa
A casa onde eu sempre morei




Maiakovski (1893-1930)

Não acabarão com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme
fiel e verdadeiramente.
(Tradução de E. Carrera Guerra)